Não me recordo, ao certo, quando foi que nasceu a dúvida, talvez porque o que houve antes se destinasse ao esquecimento. Sei do que veio após: o odor da existência inaugural, a face que as coisas tinham ao serem vistas pela primeira vez, a involuntária, mas harmônica, música das criaturas.
Mas a primeira lembrança, antes mesmo que soubéssemos ou suspeitássemos da própria nudez, foi o sabor doce e ácido do fruto. E desde este momento já não estávamos mais no paraíso.
E houve tarde e houve manhã: um primeiro dia.
Mas a primeira lembrança, antes mesmo que soubéssemos ou suspeitássemos da própria nudez, foi o sabor doce e ácido do fruto. E desde este momento já não estávamos mais no paraíso.
E houve tarde e houve manhã: um primeiro dia.
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