Sobre este Blog

“Disse que seu livro se chamava o Livro de Areia, porque nem o livro nem a areia tem princípio ou fim. (...)
O número de páginas deste livro é exatamente infinito. Nenhuma é a primeira; nenhuma, a última”.

Jorge Luís Borges, O Livro de Areia

sábado, 27 de junho de 2015

sábado, 20 de junho de 2015

Quase-poema

O quase-poema é  menino é moleque:
toca a campainha
e mói as canelas...

O quase-poema é um vulto que varre
o canto da vista
e se evola.

O quase-poema é âncora entre nuvens
que o vento (rancoroso)
desanca.

É palavra que foge
da ponta da língua.
 
É a visita de alguém
cujo nome esquecemos.

Melodia informe
que nos escapole.

É etéreo
e deixa esse antegosto
de epifania
(ou quase).
Poema.


domingo, 14 de junho de 2015

Clichês

Quiçá inevitável
escolha:
as vias seguras,
repisadas,
lugares comuns,
a estrada gasta,
a paisagem cansada
de olhos.

Mas sigamos em frente
que nem sempre é preciso
reinventar a roda
e
afinal, todos os caminhos
levam a Roma.