Tenho sede, e sede, e sede
Teu corpo lago e rio e miragem
É água e poço, é chuva e aragem.
- Pedro, tu me amas?
Meu corpo lasso, meus passos, cansaço
Teu corpo sombra, e remanso e refúgio.
Quarenta eras passei num deserto.
- Pedro, tu me amas?
Renitente, insisto, procuro,
Bato à porta – ninguém há que abra;
Tu tens a chave à mão, eu espero.
- Mas, Pedro, tu me amas?
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