O quase-poema é menino é moleque:
toca a campainha
e mói as canelas...
O quase-poema é um vulto que varre
o canto da vista
e se evola.
O quase-poema é âncora entre nuvens
que o vento (rancoroso)
desanca.
É palavra que foge
da ponta da língua.
É a visita de alguém
cujo nome esquecemos.
Melodia informe
que nos escapole.
É etéreo
e deixa esse antegosto
de epifania
(ou quase).
Poema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário